Iniciativa tenta traduzir “S” do ESG em ações práticas para empresas brasileiras
Jun 5, 2024
O “Empresas sem Pobreza”, iniciativa promovida no Brasil pelo Instituto Polaris, tenta traduzir em ações práticas o conceito por trás do “S” do ESG, o “Social”. A entidade realizou evento na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) nesta quarta-feira (5) para apresentar o programa.
A iniciativa se baseia no “Semáforo da Pobreza”, cujo pioneiro é o diretor-executivo da Fundação Paraguaia, Martin Burt — que esteve presente no evento.
O Polaris e o Banco da Família atuam como “hubs” do programa no Brasil, se aliando a empresas para implementá-las junto a seus colaboradores ou comunidade onde está estabelecida.
Em resumo, funciona da seguinte maneira: a Polaris e a empresa distribuem questionários ao público-alvo, que avaliam com “sinal” vermelho, amarelo ou verde fatores que dizem respeito ao seu “bem-estar”; a partir disso, todos os atores traçam caminhos para endereçá-los.
Burt conversou com a CNN e indicou que a ideia da metodologia é capturar o “subjetivo” e permitir que as famílias sejam agentes de sua luta contra a pobreza.
“Em vez de se medir somente a pobreza monetária, se mede a pobreza multidimensional. Isso permite incorporar indicadores subjetivos: perguntamos sobre o acesso à água, educação, saúde, mas também sobre motivação, plano de vida, autoestima. E em o governo ser o único que mede isso, escutamos as famílias”, disse.
Em entrevista à CNN, a presidente do Instituto Polaris, Gigi Cavalieri, afirmou que o “Empresa sem Pobreza” também atende à lógica empresarial e pode gerar um “ganha-ganha” aos parceiros.
“Conhecendo as necessidades dos colaboradores, será possível melhorar sua qualidade de vida. Se um colaborador passa por dificuldades, ele produzirá menos. A partir do momento em que a pessoa tem uma qualidade de vida melhor, a produção dela é maior, por isso é um ganha-ganha”, defendeu.